terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Hoje ela sabia que seria pega...

Ela era Alice, uma bailarina, que estava há alguns anos sem dançar... Isso a incomodava. Ela não tinha uma saúde perfeita, nem uma aparência invejável... Ela era uma menina que fugia. Fugia de relacionamentos, fugia dos pais e dos amigos, fugia da realidade, fugia dela mesma, fugia da cama a meia noite. Ela não era de falar muito, mas sempre que a interessava perguntava sobre até como seus avós se conheceram, ou de qual era o nome de seu amor na quarta série. Mas era difícil alguém a interessar de verdade, a não ser ele (que ela o intitulava Príncipe)... Bom ela tinha medo de crescer, mas cresceu rápido de mais em alguns aspectos, mas em outro que ela preservava dentro dela, ela esbanjava infantilidade conscientemente. Um dos seus maiores medos, talvez seria uma chave para encontrar o seu amor.
E ai ela o conheceu, e por coincidência tinha o mesmo nome do "Príncipe", o que facilitava as semelhanças. Eles são do tipo de homens que desperta na bailarina o lado que ela mais gosta nela. Muitas coisas na vida não são como queremos, como as horas que a bailarina queria dançar, ou quando o autor queria escrever... 
Escreve-se com segundas intenções, com o objetivo de que um suposto leitor apaixone pela bailarina apaixonante que dança sob a luz da lua e ao som da batida de um coração... Autores são frios e tristes, eu sou frio e triste. Mas conheço a bailarina como conheço meu próprio reflexo.